domingo, 10 de abril de 2011

Uma espécie de diário da Patroa - 28

Bequia  – 7.04.2011
Partida de Tobago Cays bem cedo com destino a Bequia, esperando-nos uma tirada de 25 milhas. O vento continua forte e como rumamos a Norte apanhamo-lo quase de frente o que não ajuda nada. Chegámos a Bequia à Admirality Bay ao meio da tarde, uma grande baía, bem abrigada e de águas transparentes. O Éowyn já tinha negociado o preço da nossa bóia e, mal chegámos, começam a parar junto a nós diversos barcos  de locais oferecendo os seus serviços: lavandaria, água, pão, peixe ou lagostas, fruta e sei lá que mais (tem sido assim em todos os locais onde temos parado nas Caraíbas) pois cada barco tem a sua especialidade. Usámos só o serviço de lavandaria, com roupa recolhida e entregue no Thor. Um luxo! Ao fim da tarde junto com os Éowyn fomos jantar ao Frangipani, um barbeque, onde tinha sido reservada uma mesa para comemoração do aniversário do Bob, um médico Americano que viaja no Éowyn desde a África do Sul. Entretanto encontrámos o Sandro e a Lisa do Lady Lisa que tinham chegado a Bequia no dia anterior e que se juntaram à confraternização. O jantar foi abrilhantado por uma “steel orchestra” e, no final, o Sandro e a Lisa ficaram a dançar, e são bem mais velhos que nós!!! enquanto os restantes recolheram aos seus barcos.
Bequia  – 8.04.2011
Esta baía é mesmo muito abrigada e, pela 1ª vez desde há muito, o Thor esteve sossegado durante toda a noite. Pela madrugada ainda caíu um grande aguaceiro, mas durante o dia o céu esteve sem nuvens, o calor é bastante intenso, cerca de 30/32º e a humidade superior a 80%, aliás como tem acontecido na maior parte dos dias em que por aqui tenho andado. Durante a manhã fomos fazer o reconhecimento da capital da ilha, Porto Elisabeth, cujo casario, barracas e tendas espalham-se ao longo da baía. Para além da chamada marginal, pouco mais ruas há, mas encontra-se aqui de tudo desde um mercado de frutas e vegetais aberto todo o dia, vendedores espalhados pelas ruas, supermercados locais e até uma loja gourmet, várias lojas e oficinas de equipamento náutico e restaurantes e bares para todos os gostos, desde os mais simples aos mais requintados. Mais uma ilha pequena, com cerca de 5.000 habitantes, que vive à base dos yachts que por aqui passam. O Rui ainda conseguiu arranjar o motor do dinghy, encher 2 garrafas de gás pois já estávamos a usar a última mais pequena (depois de retirada a ferrugem e pintadas de azul, foram finalmente aceites para enchimento) e para amanhã de manhã está marcada uma inspecção ao guincho eléctico do ferro que deixou completamente de funcionar. À noite o jantar foi no Mac`s, uma pizzeria mais ou menos elegante, onde comemos uma sopa de calalloo com marisco (calalloo é a rama de um tubérculo aqui existente) e uma pizza de lagosta (?!) que não estavam mau de todo. E assim se passou mais um dia.
Bequia  – 9.04.2011
Hoje foi um dia de preguiça. Revisão do guincho - sem sucesso - um pequeno aprovisionamento em terra, compra de mais uma lagosta e jantar da dita a bordo. Entretanto os restantes barcos do WARC têm chegado também a Bequia e são já 10 os que por aqui se encontram. O final desta maravilhosa odisseia aproxima-se do fim. Inevitavelmente!

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