sábado, 30 de abril de 2011

Daily Log - Caribe 12

Mais uma festa que está no fim. Ontem 6ª feira foi a entrega de prémios da 44ª Antigua Sailing Week e com isto se acabou a semana. Foi bonito mas, dizem, não tão bom como nos anos anteriores - menos barcos menos gente e essencialmente menos super-Yacht, daqueles de encher o olho - a crise anda por aí, sem duvida. Fotos, vídeos (alguns fantásticos) e notícias em http://www.sailingweek.com/v3/index.php .
Nós estamos de partida, já com o check-out feito, saímos na madrugada de Sábado para Domingo numa directa para Road Harbour em Tortola, para chech-in, seguindo depois para a marina de Nanny Cay onde ficaremos até 05 de Maio, dia do início do ARC Europe. Entretanto hoje pela hora de almoço chegou aqui a Falmouth Harbour o "Falcon Maltese" provavelmente um dos super-yacht mais impressionantes do mundo. Face ao tamanho e também porque a baía está muito cheia, entrou de marcha à ré porque cá dentro não podia dar a volta. Um mimo e para nós a oportunidade única de ver ao vivo e a cores um navio fantástico.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Daily Log - Caribe 11

A 44ª Antigua Sailing Week é um espectáculo de gente, de barcos, de festa etc., etc. Esperavam ter aqui os melhores veleiros do momento, mas não estão, apesar de haver por aqui barcos de tirar o fôlego a um mortal, aliás parece que este ano está inferior ao ano passado mas mesmo assim está um belíssimo evento náutico. A nós foi-nos proposto integrar a tripulação do Grand Filou que também por aqui está e a competir. Na 2ª feira não foi possível porque tinha de fazer a "alfândega" do Thor - mas o Luca foi - e na 3ª feira estava demasiado vento (pareceu-me) para uma tripulação "naif". Na realidade quer num dia quer noutro a "lenha" (coisas rasgadas ou partidas) no barco foi muito grande (spi, adriças, vela grande, etc.) e assim não me parece seguro nem interessante. Não é a minha forma de tratar estas coisas. O tempo também não tem ajudado muito pois está muitíssimo vento e chove com muita frequência e intensidade. Hoje 4ª feira, dia de descanso das regatas e portanto dia de festas mas está um tempo impossível que tira graça a tudo. Ontem jantámos aqui no barco com o Emilio e o António do Kalioppe e hoje retribuíram-nos com uma paelha. É a nossa festa! Beijinhos e abraços.

domingo, 24 de abril de 2011

Daily Log - Caribe 10

Acordei com as badaladas de um sino de igreja. Eram 7 da manhã. Querem coisa mais bucólica? Pouco depois chegou o padeiro com croissants e uma baguette, ou seja um parceiro que ontem aqui apareceu oferecendo os seus préstimos. Oito da manhã pequeno almoço tomado, ferro em cima - agora com o guincho novo é uma limpeza - e o Thor a navegar em direcção a Antigua, numa bolina larga com cerca de 15 nós de vento. Eram 14:30 e chegámos a Antigua, Falmouth Harbour cheio que nem um ovo, com barcos por tudo quanto é sítio e que barcos! Não foi fácil arranjar um lugar para o Thor. Estão aqui, à vista, o Kalliope, o Brown-eyed girl e o Wild Tigres e mais uns quantos que disseram que vinham. É o acontecimento da "saison nautica" que está prestes a terminar. Mais notícias oportunamente. Cuidem-se

sábado, 23 de abril de 2011

WARC ainda ...

A descrição do acidente do Basia pelo skipper. Impressionante!
Michael Neumann describes how their Privilege 445 catamaran was dismasted after a collision with a 200 meters long ship.
http://www.youtube.com/watch?v=tSzfsUwJPqk&feature=related

Daily Log - Caribe 09

Mais um dia de passeio para chegar a Deshaies um pequeno local de fundeio bem abrigado na zona norte da Basse Terre de Guadalupe. Continua a ser "território francês" mas hoje é só um "night stop"e não vamos a terra porque não queremos fazer alfândega. Decidimos sair mais cedo de Les Saintes dividindo o troço para Antigua em dois, hoje ficamos aqui e amanhã faltam-nos 41 milhas para Falmouth Harbour. Andamos numa espécie de cruzeiro de férias com toda a calma do mundo e a fazer render o tempo que nos falta para chegar a Nanny Cay e iniciar o ARC Europa. Beijinhos e abraços 

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Daily Log - Caribe 08

A ilha de Les Saints afinal é uma boa surpresa - o Graham bem me tinha recomendado - a lingua é o francês, a moeda é o Euro, a cor predominante é o branco ou mesmo ligeiramente moreno (mas não muito!) e é afinal um local turístico com muitos ferrys de ligação a Guadalupe. À primeira vista lembrou-me a Culatra, mas em grande e com a organização francesa com uma grande actividade de tours de visita à ilha , aluguer de scoters, pensões e "chambres para alugar, imensos restaurantes, supermercados, "baguetes" etc. É assim como que um cheirinho a civilização à moda europeia coisa que não sendo nada de extraordinário, sempre é um bocadinho diferente do que estamos habituados e soube bem, excepto nos preços que são também á europeia. O local de fundeio é bom com a água muito transparente (e quente) pelo que vamos aqui ficar mais um dia, partindo para Antiqua no Domingo bem de madrugada. Cuidem-se.

WARC ainda...

Os meus bons amigos do Eowyn que receberam merecidamente o " Spirit of World ARC" pelo empenho e apoio no acidente do Basia e do Bristol Rose, não podiam deixar de me "mimar" com a publicação da "história do Dinghy". Tem graça e eu fico eternamente agradecido com a amizade que me dedicaram. É bom ter amigos assim. Divirtam-se em :
Michael and Graham of Eowyn talk about their unfortunate rival, the Portuguese.
http://www.youtube.com/watch?v=yO1Lgldj1DA

Daily Log - Caribe 07

Estamos na Ilha Des Saintes um conjunto de pequenas ilhas situadas a Sul de Guadalupe e pertencendo a esta e logo territorio francês. Chegámos aqui ao fim da tarde, tendo saído de Saint-Pierre a Norte de Martinica ainda o Sol não tinha nascido. Foi um passeio calmo e sereno com pouco vento e mar quase estanhado. Por aqui vamos ficar 2 dias pois a "vila" merece ser visitada e tem um sino que em cada 15 minutos dá umas badaladas. Há uma eternidade de anos que não ouvia isto. Muito bucólico! Do mar das Caraíbas a tripulação Thor VI deseja-vos uma boa Páscoa cheia de amêndoas doces. Beijinhos e abraços.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Daily Log - Caribe 06

Meus amigos a festa acabou a tenda está desmontada as despedidas estão feitas e não tem sido fácil. O Thor tem um guincho novo, finalmente e passou por uma revisão a algumas coisas essenciais. Também está reabastecido e pronto para reiniciar a "vida de mar". Hoje 20 Abr. vamos sair de Sta Lúcia para um fundeadouro a Norte de Martinica, amanhã seguimos para Los Saints e depois Antigua onde devemos chegar lá para o fim da semana, navegando só de dia e com toda a calma. Das Caraíbas beijinhos e abraços

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Uma espécie de diário da Patroa - 31

Santa Lucia - 15.04.2011 
Ultimam-se os preparativos para os festejos finais. Já aqui se encontram todos os barcos que vão cortar a linha de chegada e são 16 ao todo. Estão todos enfeitados com bandeiras e bandeirinhas e a excitação e as celebrações continuam. O sol voltou em força e o calor é insuportável. Consegue-se estar na piscina, dentro de água, e em poucos mais sítios. No fim da tarde há o ultimo “skippers briefing” para combinar os detalhes da partida de amanhã, em parada até Rodney Bay e à noite há um jantar mais formal no hotel. O dinghy já esta pendurado e está tudo a postos para a apoteose final.
Santa Lucia - 16.04.2011 
Os barcos começaram a sair da Marina de Marigot Bay as 10h, concentrando-se do lado de fora da baía, de onde partem, em parada, ate Rodney Bay. Foram ordenados pelo seu comprimento, pelo que somos o 2º barco, a seguir ao Eowyn sendo o último o Wild Tigris. O Destiny, que está imediatamente atras de nós, enfeitou-se com balões de todas as cores que, com o calor, vão rebentando acrescentando ainda mais barulho aos apitos e buzinadelas que saem dos diversos barcos. É um clima de grande festa que anda no ar. Depois da passagem pelo porto de Castries, a capital de Santa Lúcia, atravessámos a linha de chegada pelas 12:30 e chegámos a Marina de Rodney Bay onde está tudo preparado para nos receber. Em terra há bebidas e uns comes, juntamente com a musica de uma "steel orchestra" que veio abrilhantar a festa. Os skippers e respectivas tripulações cumprimentam-se e todos se congratulam com o feito da conclusão da volta ao mundo. E com excepção do acidente do Basia que apenas provocou danos na embarcação embora significativos, todos os outros regressaram sãos e salvos. Mas a tripulação do Basia também aqui está nos festejos, talvez mais comovida que os restantes pela incerteza ainda do futuro do seu catamaran. Ànoite houve jantar de distribuição de prémios num hotel junto à praia e foi o momento das celebrações e dos agradecimentos, aos navegadores pelo feito e à organização que esteve sempre muito bem durante estes mais de 15 meses. E no final houve a distribuição de um presente a cada um dos barcos, com palavras simpáticas e a propósito para cada um. Claro que ao Thor não deixou de ser recordado o esquecimento do dinghy em Musket Cove, nas ilhas Fiji, que ficou como uma das historias engraçadas que vão ficar nos anais desta volta ao mundo. 

Santa Lúcia - 17.04.2011 
Acabou a festa da Volta ao Mundo. Para o Thor ainda não acabou este périplo pois tem ainda pela frente a travessia do Atlântico Norte para regressar a casa. Para mim estão também a acabar as férias e já hoje regressarei a Lisboa pois amanhã é dia de voltar ao trabalho. Mas que bons que foram estes dias nas Caraíbas!

domingo, 17 de abril de 2011

Daily Log - Caribe 05

Eram 12:32 de 16 de Abril 2011 quando o Thor VI cruzou a linha de chegada em Rodney Bay no mesmo local onde às 12:00 de 06 de Janeiro de 2010 tínhamos iniciado este périplo. 15 meses e 10 dias depois e 26800 milhas percorridas voltámos a entrar na marina de Rodney Bay estava concluído o World ARC 2010/2011. Foi um dia de festa que começou em Marigot Bay depois um desfile náutico com passagem pelo porto de Castries depois muitos festejos, muita alegria e à noite uma bela festa de encerramento. Um bom final de uma inesquecível e fantástica aventura. Para nós o WARC é já uma boa recordação agora vamos voltar à rotina de levar esta nau a bom porto. A Sra. Armadora regressa hoje a Lisboa e nós vamos ficar aqui em Rodney Bay mais uns dias para reparar algumas pequenas coisas, seguindo depois para Antiqua e no início de Maio para Tortola para iniciar o ARC Europe esperando chegar a Lagos por volta de 16/17 de Junho. De Rodney Bay em Sta. Lúcia beijinhos e abraços.

Uma espécie de diário da Patroa - 30

Santa Lúcia  – 12.04.2011
Chegámos à Marina de Marigot Bay pelas 10h, estávamos apenas a cerca de 10 milhas de distância, onde a frota do WARC se vai concentrar e preparar para as festividades finais da volta ao mundo que começou em Santa Lúcia, Rodney Bay e ali vai terminar. Mas o Rui e mais 3 barcos vão continuar, agora no ARC Europe, para a travessia do Atântico e, assim, levarem os barcos para a Europa, enquanto os Americanos rumam a Norte e muitos outros barcos ficam por aqui pelas Caraíbas. Choveu praticamente todo o dia e o Sol nem chegou a descobrir, mas mantém-se o tempo quente e muito húmido. Este sítio é muito agradável, bem protegido, e como a marina faz parte do complexo hoteleiro de 5* aqui existente, temos acesso aos serviços do hotel como a piscina, bares, etc. Os barcos vão chegando ao logo do dia e portanto a principal actividade é a confraternização. E há-de ser assim até ao último momento, parece-me.
Santa Lúcia  – 13 e 14.04.2011
Mais 2 dias de preguiça e muita confraternização. O Rui e o Luca arranjaram a sanita que faltava, foram umas boas horas de trabalho, mas agora temos o Thor quase a 100%. Ontem ainda choveu, mas as nuvens foram desaparecendo durante o dia e ainda deu para uma bela tarde na piscina. Hoje está um calor tremendo e só na piscina se conseguia estar bem. A frota está cá já toda e um ssentimento de despedida circula no ar. Na 5ª feira fomos jantar com os Éowyn, Destiny e Brown Eyed Girl  a um excelente restaurante existente na outra margem da baía, Rainforest Hideaway, com transporte de barco privativo e jazz ao vivo, depois de uma breve passagem pelo cocktail de boas vindas oferecido pela Marina. Depois do jantar reunimo-nos a bordo do Tzigané para umas bebidas e umas horas de conversa. Na 6ª feira tivémos uma festa “Creole Party” oferecida   pelas autoridades locais e depois umas bebidas a bordo do Kalliope, tendo a noite terminado mais uma vez no Tzigané. Como se vê, uma vida muito complicada!  

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Uma espécie de diário da Patroa - 29

Bequia  – 10.04.2011
Que miséria de dia! Choveu intensamente de manhã até à noite, embora digam que não seja comum para esta época do ano, e logo hoje que tínhamos combinado fazer um Tour pela ilha. O pior é que só começou a chover depois de termos negociado o preço e de nos termos instalado na parte de trás da pick-up para começar o passeio. A caixa aberta da pick-up tinha umas lonas a fazer de cobertura, mas a chuva era tanta que entrava água por todos os lados e claro que ficámos todos molhados. Entretanto a visibilidade também era muito reduzida, o que prejudicou aquilo que talvez de melhor a ilha tinha para oferecer que seriam umas belas vistas do topo da montanha sobre o mar. Ainda passámos por uns pequenos povoados com um ar bastante pobre, mas com as casa pintadas de cores muito variadas e garridas, e por uma igreja onde os cânticos da missa de domingo se ouviam à distância. A saída da missa também é um espectáculo aqui nas Caraíbas, pois os homens e as mulheres, sobretudo elas, vestem-se esmeradamente para o evento. E é vê-las de chapéu na cabeça e vestidos de toilette, alguns compridos, como se retiradas da cena de um filme de há 50 anos. O dia acabou com umas bebidas a bordo do Éowyn e depois de alguma dificuldade em conciliar vontades e gostos diferentes, acabámos todos a jantar num restaurante mexicano, mas que foi um fiasco!
Santa Lúcia  – 11.04.2011
Com o check-out feito já desde ontem de manhã, a alvorada foi às 5h30 pois a partida estava acordada para antes das 7h00 e ainda havia que subir o dinghy e o motor, o que para além de algum esforço demora algum tempo e tomar o pequeno almoço, antes de rumarmos a Santa Lucia com paragem prevista nos Pitons, a cerca de 50 milhas de distância. Felizmente quase não apanhámos chuva, parecia que vínhamos a correr à frente da chuva, e fundeámos nas Pitons ainda com sol.  Assim ainda deu para um tomar um banho e fazer algum snorkel nesta bela baía rodeada por 2 altas montanhas  cobertas de densa vegetação que caiem a pique sobre o mar e que são a imagem de marca de Sta Lúcia. Um espectáculo belo e um pouco esmagador. À hora de jantar começou a chover e nunca mais parou de chover intensamente durante toda a noite! "Porca miséria"

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Daily Log - Caribe 04

Um dia inteiro de chuva, foi o que nos aconteceu hoje 10 Abr. Começamos o dia com o check-out de SVG (S. Vincent e Grenadines) pois amanhã partimos para Sta. Lúcia. Vamos um dia mais cedo pois isto aqui por Bequia, está visto e assim ainda vamos fundear um dia nos Pitons antes de ir para Marigot Bay. Não devia ser assim porque devíamos fazer o check-in antes, num porto de entrada, mas ... Depois da papelada feita fizemos um tour a esta pequena ilha - 7 milhas quadradas - mas entretanto começou a chover e foi um fiasco, mas a Sra. Armadora vos contará. E desde aí choveu todo o santo dia praticamente sem parar, o que não é normal nesta altura do ano. Amanhã vamos sair bastante cedo, aos primeiros alvores porque ainda são cerca de 40 milhas e como é costume, com tudo contra. Entretanto por aqui têm chegado os restantes barcos do WARC e a pergunta que anda no ar é, "... and now?" Eu sei que para mim ainda faltam um bom par de milhas e que a próxima etapa é o ARC Europe que começa a 05 de Maio de Tortola. Depois logo se verá! Mas para já, cuidem-se.

domingo, 10 de abril de 2011

Uma espécie de diário da Patroa - 28

Bequia  – 7.04.2011
Partida de Tobago Cays bem cedo com destino a Bequia, esperando-nos uma tirada de 25 milhas. O vento continua forte e como rumamos a Norte apanhamo-lo quase de frente o que não ajuda nada. Chegámos a Bequia à Admirality Bay ao meio da tarde, uma grande baía, bem abrigada e de águas transparentes. O Éowyn já tinha negociado o preço da nossa bóia e, mal chegámos, começam a parar junto a nós diversos barcos  de locais oferecendo os seus serviços: lavandaria, água, pão, peixe ou lagostas, fruta e sei lá que mais (tem sido assim em todos os locais onde temos parado nas Caraíbas) pois cada barco tem a sua especialidade. Usámos só o serviço de lavandaria, com roupa recolhida e entregue no Thor. Um luxo! Ao fim da tarde junto com os Éowyn fomos jantar ao Frangipani, um barbeque, onde tinha sido reservada uma mesa para comemoração do aniversário do Bob, um médico Americano que viaja no Éowyn desde a África do Sul. Entretanto encontrámos o Sandro e a Lisa do Lady Lisa que tinham chegado a Bequia no dia anterior e que se juntaram à confraternização. O jantar foi abrilhantado por uma “steel orchestra” e, no final, o Sandro e a Lisa ficaram a dançar, e são bem mais velhos que nós!!! enquanto os restantes recolheram aos seus barcos.
Bequia  – 8.04.2011
Esta baía é mesmo muito abrigada e, pela 1ª vez desde há muito, o Thor esteve sossegado durante toda a noite. Pela madrugada ainda caíu um grande aguaceiro, mas durante o dia o céu esteve sem nuvens, o calor é bastante intenso, cerca de 30/32º e a humidade superior a 80%, aliás como tem acontecido na maior parte dos dias em que por aqui tenho andado. Durante a manhã fomos fazer o reconhecimento da capital da ilha, Porto Elisabeth, cujo casario, barracas e tendas espalham-se ao longo da baía. Para além da chamada marginal, pouco mais ruas há, mas encontra-se aqui de tudo desde um mercado de frutas e vegetais aberto todo o dia, vendedores espalhados pelas ruas, supermercados locais e até uma loja gourmet, várias lojas e oficinas de equipamento náutico e restaurantes e bares para todos os gostos, desde os mais simples aos mais requintados. Mais uma ilha pequena, com cerca de 5.000 habitantes, que vive à base dos yachts que por aqui passam. O Rui ainda conseguiu arranjar o motor do dinghy, encher 2 garrafas de gás pois já estávamos a usar a última mais pequena (depois de retirada a ferrugem e pintadas de azul, foram finalmente aceites para enchimento) e para amanhã de manhã está marcada uma inspecção ao guincho eléctico do ferro que deixou completamente de funcionar. À noite o jantar foi no Mac`s, uma pizzeria mais ou menos elegante, onde comemos uma sopa de calalloo com marisco (calalloo é a rama de um tubérculo aqui existente) e uma pizza de lagosta (?!) que não estavam mau de todo. E assim se passou mais um dia.
Bequia  – 9.04.2011
Hoje foi um dia de preguiça. Revisão do guincho - sem sucesso - um pequeno aprovisionamento em terra, compra de mais uma lagosta e jantar da dita a bordo. Entretanto os restantes barcos do WARC têm chegado também a Bequia e são já 10 os que por aqui se encontram. O final desta maravilhosa odisseia aproxima-se do fim. Inevitavelmente!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Uma espécie de diário da patroa - 27

Granada – 2.04.2011
Partida pelas 10h00 para a ilha de Carriacou, 35 milhas de distância. Antes o Graham e o Rui foram a terra fazer o check-out pois íamos entrar noutro país, St Vincent and Grenadines. No percurso apanhámos muito vento e correntes contra e chegámos a Tyrrel Bay em Carriacou às 18h30, já noite fechada. Foram as precisas e preciosas instruções do Graham que nos conduziram até ao meio da baía sem problemas e aí largámos ferro.
Carriacou – 3.04.2011
A alvorada no Thor é todos os dias bastante cedo e pelas 8h00 estamos habitualmente a tomar o pequeno almoço ( nos dias de viagem por vezes ainda é mais cedo), o que nos permite fazer muitas coisas num só dia, como hoje aconteceu. Logo pela manhã comprámos uma grande lagosta, teria bem mais de 2,5 Kg, e tivemos que usar de algum engenho para a conseguir cozer no equipamento que tínhamos (os nossos vizinhos também não tinham panelas maiores que as nossas). Depois fiz um bolo de chocolate pois era o aniversário do Mike. Ainda durante a manhã a Jenny e o John do Tzigané, ingleses que entraram em Bali para completar a volta ao mundo, vieram tomar café a bordo e pelas 12h00 rumámos a terra onde apanhámos um táxi, do Thomas, que nos levou ao restaurante – The Round House -  onde o Graham tinha feito a reserva para o almoço. O restaurante ainda era longe, situava-se numa colina sobre o mar, e tinha uma vista esplendorosa. A qualidade do restaurante foi também uma surpresa nesta ilha pequena, pouco habitada e muito pouco turística. Depois do almoço o Thomas levou-nos a dar uma volta pela ilha enquanto ia explicando a sua história e, sobretudo, os poderes medicinais de algumas plantas e árvores existentes na ilha e de quando em vez parava para colher uma pernada ou um fruto e, ao fim da tarde regressámos ao barco. O almoço tinha sido muito bem servido pelo que para o jantar, éramos os 6 do Éowyn e do Thor, servi apenas uma salada de lagosta que estava mesmo muito boa (a lagosta era excelente). E assim acabámos a comemoração do aniversário do Mike com o bolo de chocolate e a garrafa de Vinho do Porto que lhe tínhamos oferecido!
Union Island – 4.04.2011
Partida cedo em direcção a Union Island – a cerca de 6 milhas de distância – e fundeámos em Clifton Bay , uma baía bem protegida por um recife de coral. O objectivo era irmos ao aeroporto (uma pista muito pequena que serve todas as ilhas aqui à volta) fazer o check-in, o local onde é mais simples este procedimento pois as autoridades estão todas no mesmo edifício.  Depois ainda démos uma volta pela vila onde há supermercados, lojas de artesanato e tendas com muita fruta variada e colorida, e até uma loja Gourmet para abastecimento dos barcos. É toda uma população a viver dos barcos que por aqui passam. Depois rumámos a Chatham Bay, uma baía na outra costa da ilha com uma grande prais de areia e onde existem 6 restaurantes depois de ter sido construída uma espécie de estrada a ligar a aldeia a esta praia. Fomos jantar no restaurante mais sofisticado, Acqua, onde existia um ancoradouro para os dinghys e resto parecia uma cena de um filme: 2 tendas, uma a servir de bar e outra de restaurante, uma piscina a meio, mesas e cadeiras de bambu, uma apresentação requintadíssima, uma localização quase em cima do mar e com uma vista  esplenderosa com um pôr do sol como que de encomenda. E éramos os únicos no restaurante - o Éowyn e o Thor VI, claro - e a sopa de lagosta estava a condizer. Uma verdadeira maravilha!
Mayreau – 5.04.2011
Partimos bem cedo para uma nova ilha, Mayreau, onde nos esperava um programa muito completo. A frota do WARC estava ali quase toda reunida, 14 barcos, pois todos tinham sido convidados para o casamento do Jim com a Annie. É verdade, um casamento na frota do WARC! O Jim é o proprietário do Ocean Jasper, um Sundeeer 60 americano, e ao passar pela Austrália encontrou a Annie, a gerente de uma boutique de artigos náuticos em Mackay. Apaixonaram-se, ela deixou tudo para o acompanhar, fizeram a festa de noivado no Brasil e marcaram o casamento para esta ilha. A cerimónia foi numa igreja católica, celebrada por um padre católico que se disponibilizou para fazer o casamento e foi muito serena, mas muito interessante e com uma bela homilía a celebrar a vida e o amor. Os noivos estavam completamente apaixonados e levando o momento muito a sério, o que não é de admirar pois o Jim tem 63 anos e a Annie não lhe deve ficar atrás. O casamento tinha de tudo o que os americanos gostam, damas de honor com vestidos compridos iguais, os “best man” alinhados na 1ª fila - mas de calções e tea-shirts - pétalas de flores sobre os noivos e balões e bolinhas de sabão, enfim uma festa completa. Seguiu-se uma celebração com champanhe na área circundante da igreja que, situada mesmo no cima de uma colina, tinha uma vista soberba sobre as ilhas à volta e os recifes de corais que as circundam. Um deslumbramento! Depois houve uma recepção oferecida pelos noivos num dos restaurantes da aldeia, o Dennis Hideaway, com comes e bebes, música, discursos e cantoria que durou toda a tarde. Tudo muito sentido, muito emotivo, com toda a gente muito alegre e bem disposta. Para acabar o dia, seguiu-se uma nova festa, mais uma, um "BBQ" no mesmo restaurante, para comemoração do aniversário do Jochem do Chessie (tinha feito 63 anos há uma semana). A festa com música e dança prolongou-se pela noite fora. Um dia completamente inesperado mas muito, muito curioso!
Tobago Cays – 6.04.2011
Mais uma vez partida bem cedo, agora com destino a Tobago Cays um grupo de pequenas ilhas desertas, protegidas do mar por uma barreira de recifes de coral, com praias de areias claras e águas transparentes e onde a água do mar se apresenta como um caleidoscópio de cores. Era esta a vista deslumbrante que se observava do adro da igreja em Mayreau, uma zona de reserva natural protegida, onde abundam as tartarugas e muitos outros peixes. Fizémos snorkel e eu consegui ver 3 tartarugas já grandinhas e vários outros peixes de que não sei o nome.  Apesar de estar cheio  de barcos, isto é muito bonito, mas a noite foi menos agradável, pois o vento aumentou, houve ainda uns aguaceiros, e talvez por estarmos numa zona de correntes, passámos a noite aos saltos no barco. Um desassossego!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Daily Log - Caribe 03

Meus caros amigos e amigas, continuamos nas Caraíbas agora já mais perto de Sta. Lucia, mais propriamente em Bequia. Depois de Prikly Bay fomos até Carriacou festejar os anos do Mike do Eowyn. No dia seguinte fomos para Union Island, no porto de Clifton para fazer o check-in para as GSV (Grenadines & S. Vincent) no aeroporto, truque do Graham que tornou a formalidade muito fácil e rápida. Depois e com todos os papeis em ordem seguimos para Chatman Bay para passar a noite. Tudo isto com muita paciência pois o vento, o mar e as correntes apontam para Sul, logo quem vai para Norte tem de comer o pão que o diabo amassou. A noite foi iniciada num fantástico restaurante "Ácgua", um luxo inesperado com muita qualidade, mas carote. Em compensação deram-me uma amarração grátis para a noite, o que deu bastante geito porque o motor do guincho do ferro entregou a "alma ao criador" julgo que de vez, sendo agora tudo feito à mão. Mesmo assim foi uma noite muito movimentada porque o pobre do Thor não parou quieto um instante. Na manhã seguinte fizemos mais 4 milhas e fomos para Mayreau, para o casamento do James do Ocean Jasper mas destes assuntos falará a Sra. Armadora no seu espaço porque tem mais graça que eu. Na manhã seguinte depois de todas as festividades e foram muitas bem agradáveis e regadas andámos mais um par de milhas e fomos arejar para Tobago Cays uma zona protegida onde há, acima de tudo, tartarugas. Entre "snorkel" e sonecas foi um dia bem descansado. O mesmo não se pode dizer da noite porque choveu bastante e fez muito vento tornando o Thor num berço por vezes bem violento. De manhã e bem cedo fizemos rumo a Bequia - eram apenas 25 milhas mas, mais uma vez contra tudo - onde chegámos pela hora do almoço e bem amassados.  Agora vamos ficar por aqui uns dias - o Graham/Eowyn diz maravilhas desta zona, há wifi - uma novidade por aqui - e hoje é o aniversário do Bob/Eowyn - e depois daremos um ultimo salto até Marigot Bay para os festejos finais do WARC. Das Caraíbas beijinhos e abraços.

Uma espécie de diário da Patroa - 26

Granada – 1.04.2011
Mais um dia em Prikly Bay, hoje com um programa diferente. De manhã, ida ao Supermercado. Vai-se de dinghy até ao estaleiro e aí apanha-se um taxi, negociando previamente o preço da viagem de ida e volta. Os taxis são uns pequenos autocarros de 8/10 lugares, iguais aos autocarros, com a única diferença de que estes são obrigados a ter um ajudante para além do condutor, para abrir a porta e cobrar os bilhetes. Foi uma medida decretada há muitos anos para combater o desemprego e ainda continua a funcionar. O supermercado era excelente, tanto em termos de variedade como da qualidade dos produtos , embora tivesse algumas falhas pois o navio semanal de abastecimento da ilha ainda não tinha chegado (não conseguimos comprar batatas). No regresso e antes de voltarmos ao barco, almoçámos no restaurante junto ao estaleiro, De Big Fish. Pelas 17h30 estávamos de novo neste restaurante, pois tinha sido o ponto de encontro combinado com os Éowyn para o programa da noite, um Fish Friday. Fomos de taxi até Gouyave, percurso que demorou quase 1 hora, e que é uma aldeia de pescadores onde todas as 6ª feiras montam umas tendas na rua e as mulheres dos pescadores confeccionam e vendem diversos pratos de peixe. Muito curioso! Havia fritos de peixe, camarões de diversas maneiras, peixe assado e frito, lagosta grelhada e muito mais. Tudo tinha um aspecto muito limpo e organizado e havia muita gente a deambular pelas tendas e a comprar um pratinho de cada especialidade. Depois ainda assistimos a uma performance de uma Steel Orchestra  (eram 27 músicos a tocar em bidons de metal e outros aparelhos feitos a partir dos bidons). Muito interessante e com uma musicalidade espantosa. O regresso estava marcado para as 20h30, mas ainda tivémos que esperar cerca de ½ hora pelo nosso taxista que estava a jogar uma partida de damas, sentado junto ao taxi, e tivémos que esperar que ele a acabasse para partirmos. Aqui a vida passa-se neste ritmo, é tudo muito relaxed! Enfim, foi uma noite muito bem passada!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Uma espécie de diário da Patroa - 25

Granada – 30.03.2011
Aqui estou de novo no Thor, agora em Granada, nas Caraíbas. A viagem de Lisboa até aqui correu bem apesar do atraso de quase 1 hora em Lisboa que ia pondo em risco a ligação para Granada, o que acabou por não acontecer, mas por muito pouco e mau grado o dia comprido –agora aqui são menos 5 horas – e as muitas horas de avião - parti de Lisboa no sábado 26 de Março, no voo das 07:05 para Londres e cheguei a Granada às 18:35 locais. O Rui estava à minha espera no aeroporto para me levar até à Marina de Port Louis onde comecei a reencontrar a gente do WARC que tinha deixado há 6 meses atrás em Bali. Sou muito bem recebida pelo “bando” que agora é quase uma família, partilhando alegrias, riscos e desafios há mais de 1 ano em conjunto. O Thor estava razoavelmente apresentável e o Rui e o Luca tinham feito um grande esforço para me receberem o melhor possível. A partir daí ainda não parei, ou antes, hoje é o meu 1º dia de descanso. No Domingo começámos por fazer um Tour durante todo o dia à ilha. Como tem chovido bastante, embora estejamos na estação seca, está tudo muito verde e pujante. A ilha foi bastante destruída por furacões há cerca de 6/7 anos, mas está praticamente toda reconstruída, sendo poucas as habitações que se vêem ainda danificadas. O mais curioso é a explosão de cores que se destaca na paisagem, as cores garridas das casas e das flores que as circundam, no meio do verde luxuriante da vegetação tropical. Visitámos uma destilaria de rum e uma fábrica de chocolates, ambas completamente artesanais e que representam produções importantes da ilha. Para além disso também é famosa a noz moscada, o 2º produtor mundial, a fruta tropical variada e outras especiarias, sendo esta ilha chamada, por essa razão, a “Spice Island”.  À noite foi a festa da distribuição de prémios onde o Rui e o Luca foram receber os prémios do 1º lugar da geral e da sua categoria, uma tea-shirt para cada um e uma rodada de rum punch. Na 2ª e na 3ª feira os dias foram inteiramente dedicados às limpezas e às pequenas reparações das coisas que vão aparecendo sem funcionar. E parece que cada dia há uma nova.... O novo tripulante do Thor, o Luca, tem sido uma agradável companhia. É muito educado, discreto, sabedor destas coisas dos barcos e do mar e é italiano!
A Marina de Port Louis é muito simpática e tem excelentes instalações, mas o destino é rumarmos a Norte até Santa Lucia e assim, na 4ª feira partimos em direcção a Prikly Bay, uma grande baía no Sul de Granada e que é a base permanente do  Eowyn desde há anos.  E como o Graham conhece muito bem as Caraíbas, vamos seguir as suas indicações e continuar juntos. Ao jantar o Mike e o Graham foram nossos convidados e fiz bacalhau com natas (encontrei  bacalhau salgado do Alaska no supermercado onde nos fomos abastecer) que apesar da improvisação na receita foi muito elogiado e não sobrou nada!
Granada – 31.03.2011
Hoje foi o meu 1º dia de  “dolce fare niente”  (para o Rui ainda foi uma manhã inteira de trabalho, mas ficámos com a nossa sanita a trabalhar na perfeição).  Acordar, tomar o pequeno almoço, ir a terra de dinghy onde almoçámos, voltar para o barco, tomar banho nas águas quentes deste verde mar (a temperatura da água do mar está nos 28,5º) e depois jantar tendo sido o Luca o cozinheiro. Foi assim o meu dia. O Luca ontem fez “pasta a la carbonara” mas de uma maneira que eu não conhecia. Estava muito bom.

Thor VI - Avarias e esclarecimentos

Meus amigos e companheiros está na altura de “por o nome nas coisas” ou melhor, não é bem isto que si costuma dizer mas como não quero ferir sensibilidades, fica assim.  No primeiro semestre de 2009 e na preparação para o WARC  decidi substituir o aparelho do Thor que já tinha 22 anos. Para isso e apesar das várias consultas, optei pela adjudicação do trabalho à “JustBoats” do Peter Keeping por ser o representante da Seldén e eu querer que o material utilizado tivesse a qualidade Seldén. No fim de Maio o trabalho foi finalmente concluído, após uns atrasos e enganos do Sr. Pete e com a montagem feita pelo Jorge Rainha.
A cerca de 100 milhas de Sta Helena e a 1800 de Salvador o terminal superior do estai real partiu, danificando o enrolador da genoa que ficou preso pela adriça. Das várias opiniões que recebi das pessoas que examinaram a peça fracturada – uma fractura a 90º - resulta claro que a peça foi mal manuseada quando da prensagem apresentando sinais inexplicáveis de pancadas na parte superior do terminal.  
Quando informei o Sr. Pete da situação (em 08 Fev) a primeira reação foi de que usáva o material e a máquina aconselhada pela Seldén e pedia fotos das peças envolvidas. Após vários e-mails, alguns repetindo o que já tinha sido dito e já com a Seldén envolvida no assunto, e com todas as fotos possíveis e imaginárias disponíveis – tenho a certeza que não via todas as fotos que chegavam porque continuava a pedir fotos que já tinha – concluíram que afinal a peça não era Seldén mas sim Stalok. Isto a 15 Fev.
O e-mail da Seldén dizia: 
Dear Mr. Soares, Thank you for the last pictures of the broken eye terminal, it is crystal clear this is not a Seldén terminal and it has never been in our stock.
O Sr. Pete dizia : 
Hello Rui, Thank you for the photos. The terminal is from Sta-lok. I will contact them immediately, and get back to you. Thank you. Pete.
Como devem imaginar a minha surpresa e preocupação aumentou. Afinal eu tinha um aparelho que suponha ser Seldén, pago como Seldén – a factura comprova isto – por um “representante” da Seldén e que afinal não era Seldén. E isto no aparelho do barco talvez o componente mais sensível.
As reações do Sr. Peter Kemping variaram desde uma grande preocupação e sensibilidade profissional:   (17Fev) I have been reading your e mail several times, and not slept most of the night, as I do have a conscience! I have been going through our procedures, and asked the people who were working with me at the time. We try to be as thorough as possible, when we carry out this work, as we are fully aware of the consequences. The terminal in the picture is NOT a Selden terminal, so Selden are not responsible for this. It is a Stalok terminal. I am still trying to figure out how it got there, but I can only conclude that the Stalok terminals were put into the Selden box, and they were used. Rui, I want to resolve the problem. I am not running away. If I did not want the problem resolved I would not be sending you e mails. I cannot afford to have this problem as I have had, up until now, a “clean bill of health” and this is very worrying for me. I also cannot financially afford this problem, so I desperately want to resolve this quickly and as cost effectively as possible;
Até uma tentativa de ganhar tempo ou alijar responsabilidades:
(22Fev) Hello Rui, Thank you for the e mail, and the photos. I understand that you have time constraints and would like to have this resolved, as I would also. I have been trying to collate all the information together, so we can assess the whole situation. Do you have a copy of the surveyors report from the insurance company of the damage?. 
Entretanto pedia mais fotos, propunha mandar-me peças para o enrolador antigo, quando sabia que eu já tinha decidido importar um novo e não aceitou qualquer hipótese de acordo que lhe foi proposto – comparticipação nos custos da reparação – mas estando disponível para “negociar” com a companhia de seguros, tendo abusivamente contactado a Pantaenius para saber se eu estava seguro lá.
Dizia ele : Normally in this circumstance the insurance company would deal with the rigging company to get compensation. Ainda não percebi bem este interesse em negociar com a seguradora!
Evidentemente que quando chegar a Lisboa ou mesmo antes vou querer ser ressarcido dos prejuízos que tive e pelas despesas extras que fui obrigado a suportar e isto pelo sr. Peter Keeping que considero responsável por tudo o que me aconteceu e profissionalmente pouco credível.
Em resumo meus caros amigos e companheiros se utilizarem material Seldén e os serviços da “Justboats” cuidem-se porque pela minha experiência não é certo nem seguro que o recibo que pagam ou aquilo que vos dizem corresponda à realidade. E atenção porque o Sr. Peter Keeping também é, segundo o seu site, importador oficial da Andersen, Holmatro, Ronstan e Sta-lok. Cuidem-se. Á atenção da ANC e da Tertúlia Vélica. Depois não digam que não os avisei.

Daily Log - Brasil ainda

Julgo que a passagem pelo Brasil merece mais alguma reflexão. Disse-o antes de chegar que, por razões várias, o nível de expectativa era baixo ao contrário do que tinha para a Austrália que acabou por ser uma desilusão. Hoje retenho do Brasil ou de Salvador e Recife- este muito ligeiramente pelo pouco tempo - um misto de sentimentos. Se por um lado conheci gente muito agradável e simpática e alguns locais fantásticos - Recôncavo, Cachoeira Morro de São Paulo - por outro tive de resolver um "milhão" de problemas resultantes da falta de profissionalismo e de uma irritante superficialidade com que tudo, parece, é encarado. Ainda hoje estou à espera que os recibos e os papeis dos trabalhos que foram feitos no barco me cheguem. E, mais grave ainda, a opinião geral na frota do ARC é bastante má quanto à qualidade da estadia em Salvador e Recife, em particular de alguns pseudo-profissionais que se serviram da nossa estadia. É pena que o esforço das autoridades que apoiaram e investiram na nossa passagem pelo Brasil seja prejudicada pela actuação destes "artistas menores". O nome desta gente é conhecido e será devidamente assinalado nos papeis que o WARC disponibiliza para que tal gente não volte a ter a mesma oportunidade. Mas não são só de desgraças a minha passagem pelo Brasil pois ainda tenho aqui no barco (quase no fim!) o maravilhoso doce de pimentão da Dona Manuela, ainda recordo um fantástico doce de caju - e eu que não sou nada de gulosices - e uns fantásticos sumos naturais em que o Brasil é rico. Apetece-me dizer que pena, mas para ser um grande país, não basta ser grande. Aos meus amigos brasileiros os meus agradecimentos pela hospitalidade e simpatia com que me trataram. Se cuida, viu. Tranquilo

Daily Log - Caribe 02

Depois de uma semana de marina, decidimos começar a andar e viemos fundear em Prikly Bay na costa Sul de Grenada. É uma baía bem protegida - e tem estado um vento bem desagradável - mas tem muitos barcos e é pouco interessante. Vale pela diferença de estar fundeado e estar na companhia de mais alguns barcos do WARC. Estamos nitidamente em descompressão a caminho de Sta. Lúcia. A Sra. Armadora está em adaptação e proximamente há-de dar notícias, não desanimem mas tem havido pouco "movimento". Temos também feito alguma manutenção ao barco pois nos últimos dias uma série de pequenas coisas tem-nos moído a paciência - uma bomba de água com fuga, uma sanita pouco colaborante, um gerador "maniento" - exigindo algum trabalho. Temos conseguido dar "conta do recado", o que com quase dois anos de experiência não admira, mas temos estado bastante ocupados. Das Caraíbas beijinhos a abraços.