FIJI – 02.07.2010
A frota WARC já aqui está quase toda, 24 barcos, mas alguns vão ficar por aqui. O Dreamcatcher, um Halberg Rassy 48 – um dos barcos de sonho do Rui – com um casal suiço muito simpático, o Charles e a Marie, que por contingências resultantes de avarias contínuas no barco decidiram ficar pela Nova Zelândia e Austrália por 2 anos e depois talvez “apanhar” o próximo WARC de regresso à Europa. O Ronja, um Jeanneau 49DS com uma família norueguesa a bordo, pai mãe, 3 filhos dos 12 aos 16 anos, e agora viajando com mais um sobrinho e com a irmã do skipper, que resolveu dar por fim a sua participação no WARC pois o filho mais velho e a mãe estavam já a arrastar-se com pouca alegria e gozo pela viagem. O Neoluna, um catamaran com o casal francês e 2 filhos que vivem em Singapura e que vão rumar a casa. O Wild Tigris, um Swan 76 de um casal americano que viaja com um skipper e uma assistente para as limpezas e cozinha e que também vai ficar navegando pela Nova Zelândia e Austrália. E o J’Sea também vai desistir por problemas no barco e de saúde do skipper. O Thor cá continua, com tudo a funcionar em pleno. Apenas o guincho eléctrico do ferro precisa ser substituído, está velho e cansado, mas com um bocado de força de braços do Rui lá nos temos governado. Talvez na Austrália possa ser feito um upgrade.....PACÍFICO SUL – 03.07.2010 a 06.07.2010
VANUATU – 06.07.2010
Vanuatu é um país independente desde 1980, anteriormente chamava-se Novas Hébridas, e a cultura tradicional tem aqui um peso muito importante apesar de ter estado sob o domínio de uma coligação Francesa e Inglesa desde 1906. Assim o povo fala Bislama, Francês, Inglês e ainda um dos muitos idiomas locais. Uma curiosidade é o facto do 1º europeu a aqui chegar ter sido um Português, Pedro Fernandez de Queirós, chefiando uma expedição espanhola. Vanuatu tem mais de 80 ilhas e estamos fundeados na ilha de Tanna, uma das mais tradicionais do país, numa baía junto à aldeia de Port Resolution. Quando chegamos à baía apenas se vê a floresta densa que desce até ao mar mas, de dinghy fomos até uma praia onde estava hasteada a bandeira do WARC e depois de o deixarmos amarrado ao ramo de uma árvore subimos por um trilho escavado na floresta e chegamos a uma espécie de plataforma onde existe um barracão, era o “Tanna Yacht Club”. Aí estavam à nossa espera os Oficiais da Emigração e Alfândega para fazerem o check-in dos barcos que iam chegando. Apenas o Oficial de Quarantine foi a bordo – nesta ilha os controlos parece que são muito rigorosos, pois querem permanecer livres de infestacões perniciosas vindas de fora e poder continuar a não usar pesticidas, insecticidas ou herbicidas como ainda hoje acontece – mas ao fim e ao cabo não foi assim muito rigoroso e apenas nos levou uma tangerina e um coco, que estavam ali à mostra mesmo a pedir para serem levados. Enquanto estávamos em terra fizémos reserva para jantar a um restaurante situado na aldeia, o “Avocado Restaurant and Tanna Coffee” que apenas serve 10 pessoas de cada vez. Na altura disseram que não tinham lagosta, mas que iriam tentar apanhá-las para o jantar. O ponto de encontro foi o Yacht Club às 19H. Estava já noite cerrada e como não há iluminação, fomos guiados por um local até ao “restaurante” por um carreiro aberto na floresta – nunca me esquecerei desta caminhada e do pisar da terra fofa debaixo dos meus pés. O restaurante é uma palhota com um ar muito arranjado e asseado, onde nos esperava uma mesa comprida já posta e uma outra na cabeceira onde estavam dispostos os pratos com comida: uma bela lagosta cozida, frango bem saboroso, arroz e mais uma meia dúzia de pratos com legumes locais para acompanhamento: taro (inhame), mandioca, batata-doce e não sei o nome dos restantes. À sobremesa uma espécie de salada de frutas muito saborosa e depois ainda e para acabar foi servido café de Tanna. A refeição era acompanhada de água e para iluminação tínhamos 3 velas. Afinal éramos só 6 ao jantar, o Graham e o Mike do Eoywin, a Susan e o David do Voyageur, o Rui e eu e pagámos cerca de 6€ pelo jantar e 2,5€ pelo café. A tal guia que nos conduziu ao restaurante também se sentou à mesa e comeu o mesmo que nós. A dona da casa chama-se Sara, fala francês e também um pouco de inglês e explicava o que era cada prato rindo-se sempre muito. Contou-me que tinha 4 filhos e estava à espera do 5º. Havia um cortinado a separar a sala de jantar de um outro quarto e dava a ideia que o resto da família estava aí, pois os filhos pequenos ainda vieram ajudar a mãe. Esta foi uma experiência tocante, daquelas que nunca se esquecem na vida.
Cara armadora do Thor
ResponderEliminarEstava preocupado porque há oito dias que não havia notícias e no site da World Arc-Google Earth não aparecia a posição do Thor. Afinal está tudo bem e ainda bem.
Apesar de todos os dias vir por aqui e não deixar mensagem para não incomodar, não quero deixar de dizer mais uma vez que é com grande prazer que leio o relato dos acontecimentos. Continue por favor.
Gostava para terminar de dizer que celebrei o aniversário do Rui porque...faço anos no mesmo dia ! Não sei é se são os mesmos. Eu sou da "safra" de 45!
Um beijo para si e um abraço para o Skipper.
João Guimarães Marques (Carioca)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarMeu caro Guimarães Marques os meus parabens. As colheitas de Junho normalmente são boas e algumas muito boas, como é o caso. A minha é de 49 talvez não das melhores, mas foi o que se arranjou. Os "nossos" agradecimentos pelos seus cuidados e pelas simpáticas palavras. Com tantos elogios, que subescrevo naturalmente, ainda me "estragam" a Armadora.
ResponderEliminar