sábado, 29 de maio de 2010

Daily Log - Suwarrow 05

Estamos com cerca de 48 horas de viagem no trajecto para Niue. Saímos de Suwarrow ás 10H45 de 5ª Feira depois de uma noite de grande ventania. Conseguimos libertar o ferro do meio dos corais onde se tinha metido e zarpámos, passámos pelo "passe" com cerca de 4 nós de corrente a favor (a maré estava a descer!) e tomámos rumo para Niue. Ainda não tínhamos estabilizado a vida a bordo quando levámos com o primeiro aguaceiro.  Chuva torrencial, mais de 30 nós de vento e uma SOG de 9 nós estabilizada durante um bom bocado. Tirando a chuva, foi um bom bocado de vela pois não é todos os dias que se pode controlar este barco com aquelas velocidades. O pior foi que atrás deste aguaceiro veio outro e outro e mais outro e as primeiras 24 horas foram de chuva e vento continuo como ainda não tinha encontrado. E, naturalmente que o coitado do Pacífico sofre com estes ventos e torna-se agressivo e muito, mas muito desconfortável transformando o Thor VI numa casquinha de nós. O resultado disto tudo é que fizemos mais de 300 milhas em 48 horas o que, provavelmente vai adiantar a chegada a Niue para Domingo à noite em vez de 2ª Feira de manhã. Se as condições se mantiverem ainda vamos jantar a terra no Domingo. A agradável surpresa tem sido a resistência da Sra. Armadoura a esta agreste situção. Reconheço que a situação tem estado longe de fácil, agradável ou confortável mas a Ana tem se sentido lindamente. Isto é tudo uma questão de habituação. E por hoje é tudo, beijinhos e abraços do Thor VI desde o Pacífico Sul pouco pacífico.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Daily Log - Suwarror 04

Afinal meus caros amigos Suwarrow tem sido uma excelente surpresa, não só pelo grupo que aqui se juntou - Assolare, Voyageur, Ciao, Lisa, Tucanon e nós e - como pelas coisas interessantes que este atol tem. Assim na primeira noite o jantar foi a bordo do Assolare o que se tansformou num pedaço muito bem passado. O barco esteve sempre rodeado de uma dezena de pequenos tubarões curiosos com tanta luz - o Assolare tem leds em todos os vaus assim tipo árvore de Natal - o que se tornou noutra curiosidade. O Assolare tem, desde o Tahiti uma nova tripulante, Mandy de seu nome - que fez o ultimo WARC na organização e que se lembra bem do Farway (!) - e que é uma mulher de armas, vê-la fazer um lais de guia com uma mão só diz tudo e é, acima de tudo de uma simpatia e dinamismo extraordinário. Foi ela que, à semelhança do ultimo WARC nos levou a explorar uns motus onde existem milhares de aves pois é um sitio de nidificação, com a finalidade de recolher algum lixo que por ali houvesse. Esta ilha é uma ilha deserta e no meio de nada mas, meus caros amigos a civilização chega aqui na sua pior forma que é o lixo. É incrível o numero de garrafas de plástico e outros restos da nossa civilização que aqui chegam. Acabámos por apanhar algum lixo, pouco para o que seria necessário mas meia duzia de maduros não podiam fazer mais. Mas se todos nós cuidássemos um bocadinho com o que deixamos para trás ainda conseguíamos acabar com estes problemas. À noite aqui na ilha principal fizemos uma "beach party" onde cada barco levou o que tinha e onde se passou mais uma noite fantástica. Até o tempo que durante o dia tinha dado umas chuveiradas valentes se acalmou e colaborou em pleno. Hoje 4ª Feira vamos continuar por aqui, onde ainda há alguma coisa para ver, como a casa do tal eremita e planeamos partir amanhã com chegada a Niue na 2ª Feira dia 31Maio. De Suwarrow beijinhos e abraços.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Daily Log - Sawarrow 03

E já está chegámos a Suwarrow às 11 horas e 41 minutos de 24 Maio (22:41.00 em Lisboa). O tempo foi bastante calmo nesta ultima fase do trajecto e a viagem tornou-se "chata", mas chegámos. Encontrámos e entrámos no único "passe" existente com algum cuidado pois não é balizado e só tinhamos um desenho fornecido pela organização mas que, ao fim e ao cabo está bastante correcto, correndo tudo bem e sem qualquer problema ou dificuldade. Estamos fundeados com 10 metros de fundo numa água maravilhosamente transparente e 29º de temperatura. Estamos a planear ficar por aqui até 4ª Feira saindo para Niue de forma a chegar depois do fim de semana. Suwarrow é um pequeno atol (0,4 Kms2) no meio de nada, fazendo parte das Northern Cook Islands, tem uma população de 2 (duas!) e só fora da época dos ciclones e ficou famoso (?) por ter sido aqui que um eremita Neozelandês Tom Neale se retirou e escreveu o livro "An Island to Oneself". A lagoa é magnifica para "snorkel" (acabámos de ver um pequeno tubarão de ponta preta que nos veio visitar amigavelmente) com possibilidades de encontrar "false killer wales" (um simpático bicho do tamanho de um touro e muito curioso), mantas gigantes etc., mas não se pode pescar nem apanhar nada (nem lagostas!). Um paraíso, penso eu de que!. De um atol no meio de nada beijinhos e abraços. Cuidem-se.

domingo, 23 de maio de 2010

Daily Log - Suwarror 02

Mais 2 dias de viagem com cerca de 280 milhas percorridas. Na 6ª Feira com o céu meio nublado e uns aguaceiros pelo meio foi um dia mexido, já no Sábado a calmaria foi norma com o vento a não ultrapassar os 8 nós. Não fosse o Yanmar e tinhamos ficado a tostar no meio do Pacífico mas em compensação a "Patroa" concluiu a adaptação ao meio marítimo. No início da tarde resolvi "ir à pesca" até para mostrar aqui à "Patroa" como era. Um par de horas depois um zunido forte acordou-me e eis que um espadarte nos brindou com uns saltos magníficos. Era um peixe para aí de uns 2 metros, o barco foi parado, deitei a mão ao assunto mas o melhor que consegui foi dar alguma luta durante uns momentos. O bicho acabou por me levar o resto da linha e "pirou-se". Mesmo assim e já depois de estar livre continuou a brindar-nos com uns magníficos saltos, suponho que estava enrolado na linha e se sentia preso e tentava por todos os meios soltar-se. Foi o divertimento do fim de tarde. Hoje Domingo já no fim da madrugada o vento refrescou e começamos a andar bem. O céu está meio nublado com muitos aguaceiros espalhados e pelas previsões isto vai animar. A nossa chegada continua prevista para amanhã de manhã. Beijinhos e abraços do Thor VI nos mares Sul

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Dayli Log - Suarrow 01

Com 48 horas de viagem temos cerca de 280 milhas percorridas. Depois de uma bela partida dentro da lagoa de Bora Bora, tendo conseguido discutir com o A Lady e Ciao a passagem no "passe" - só durante algum tempo e usando as prerrogativas de barco alcançado e atrapalhando um bocadinho - com muito pouco vento lá nos fomos afastando de Bora Bora. Depois deste "engraçado" início a rotia instalou-se com o vento na casa dos 10 nós muito na popa e com o mar bastante trapalhão ora de uma alheta ora de outra provocando uns balanços bastante desconfortáveis. Como o vento é fraco as ondas aceleram o barco provocando a "perda" das velas que recuperam com uns esticões violentos o que não lhes dá grande saude. Como eu não quero estragar nada vejo-me obrigado a usar o Yanmar para tentar equilibrar este conjunto, o que me dá um trabalho desgraçado e sem grandes resultados. Enfim está a ser um troço chato em particular para a readaptação da nova tripulante que já estava desabituada destas "cavalarias". Mas não é nada que umas centenas de milhas não recomponham que é o que falta para o destino, Suwarrow, onde estimamos chegar na próxima 2ª Feira pela manhã. Cuidem-se. Thor VI over and out

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Parahi Polynesia

Ia orana oe (bom dia) de Bora Bora. Pois foi meus caros amigos, chegámos à Polinésia Francesa a Hiva-Oa nas Marquesas a 27 Março e vamos partir a 19 de Maio de Bora Bora. Foi uma longa estadia, cheia de contrastes, de lugares bonitos uns, únicos outros e alguns absolutamente extraordinários. Ficam-nos na memória as paisagens agrestes das Marquesas, particularmente uma praia na Ilha de Tahuata, a simpatia das pessoas e o "desfile" de inúmeros 4X4 na marginal de Nuku-Hiva, ao fim da tarde, a cor, a temperatura da água e a paisagem original dos atols por onde passámos - a calma no atol de Ahe, a simpatia da família Assam em Apataki, com um pôr do sol majestoso na ponta Teonemahina - a civilização barulhenta de Papeete no Tahiti e a calma de Moorea ou beleza natural de Tahaa - o Taravana Yacht Club é uma referência - e Raiatea e ainda o turismo algo decadente de Bora Bora com o Bora Bora Yacht Club a ficar como outra excelente referência - ainda por cima fui aceite como membro como prémio da brincadeira com os dinghys - pelo apoio que nos prestou e pela simpatia das pessoas que aqui trabalham. No final fica a estranha a sensação de não entender como tudo isto sobrevive, nos ouvidos o permanente som do cantar dos galos - particularmente nas Marquesas - e a visão de um numero extraordinário de 4X4 existentes nestes arquipélagos. Mas é tempo de dizer parahi (adeus) Polinésia e proseguir rumo a Oeste em busca de novas paragens. vamos partir a 19 Maio pelas 12:00 horas locais (23:00 em Lisboa) com destino a Vava´u no Tonga com paragens em Suwarrow (Cooks islands) e Niue. Serão cerca de 690 milhas no primeiro troço, depois 540 até Niue e mais 230 milhas até Vava´u com chegada prevista a Tonga lá para os primeiros dias de Junho. Fiquem bem que nós vamos dando notícias. Beijinhos e abraços.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Uma espécie de diário da Patroa - 06

BORA BORA – 15.05.2010
Depois de comprar pão num pequeno “lugar” aqui ao pé do Yacht Club, levantámos ferro e rumámos ao Sul de Bora Bora. O destino era um local que nos tinha sido recomendado pelo Kalliope para se fazer snorkelling. Fundeámos em frente ao Hilton, numa zona baixa e a cor das águas, era uma vez mais deslumbrante. O fundo de areia e corais e a água de um azul intenso e logo ali ao pé verde, azul turquesa e sei lá que mais. E sempre de uma transparência impressionante. Depois lá fomos de dinghy à procura da tal zona recomendada e o espectáculo, de peixes e corais, foi inesquecível. O Eduardo ia-nos dizendo o nome dos peixes e falando dos corais. Conclusão: só por este espectáculo a viagem até aqui valeu a pena! Entretanto e como o vento tinha aumentado de intensidade procurámos um local mais abrigado para fundear. A ideia era irmos jantar ao Blood Mary pelo que nos amarrámos numa das bóias existentes na baía frente ao Restaurante. Só que próximo da hora de jantar começou a chover e a fazer um vento, ou antes umas rajadas fortes, que se prolongaram por toda a noite e, assim, o jantar foi a bordo do Thor.

BORA BORA – 16.05.2010
De manhã as rajadas fortes de vento ainda persistiam pelo que voltámos à baía do Bora Bora Yacht Club que é muito mais abrigada. Hoje era o dia da partida para a próxima “leg” – Bora Bora, Swarrow, Nuie, Tonga - do 1º grupo de barcos. Partiram 6 barcos e os restante, onde nos incluímos, partem na 4ª feira, 19 de Maio. É domingo e, como tal, está quase tudo fechado nesta ilha e por isso não descobrimos nenhum restaurante aberto para ir almoçar. Mas ao fim da tarde e seguindo a sugestão dos donos do Yacht Club, foi feita uma reserva para o jantar no Bora Kaina Hut. Um restaurante muito original: fica numa praia,  é constituído por palhotas de madeira com o tecto forrado a folhas de palmeira, o chão em areia de coral, muitas árvores no interior, e uma decoração com motivos da Polinésia. E até assegura o transporte de ida e volta em taxis contratados para o efeito. A comida era muito agradável e original, comemos mahi mahi, um peixe local e lagosta com carne de vaca e, como entrada, gnochis feitos com uma fruta local chamada fruta pão. Foi caro, mas valeu pela experiência!

BORA BORA – 17.05.2010
O dia da partida aproxima-se e é preciso começar a fazer os prepartivos para a largada. Assim, hoje fomos fazer o abastecimento de combustível à bomba da Total existente na ilha e depois fomos de barco explorar a parte Norte da ilha até onde foi possível a navegação. A floresta é, nesta ilha, menos densa que nas outras ilhas por onde andámos, mas a lagoa que a circunda tem uma enorme riqueza de cores, de peixes e de corais. Nos motus que a rodeiam estão situados os inúmeros resorts de luxo  com os bungalows em cima de água que são a imagem de marca da polinésia francesa em termos turísticos. Durante a tarde aconteceria no Yacht Club a animação social que já tinha havido para o 1º grupo: a corrida de dinghys e o barbeque para o qual nos era pedida uma salada. Este 2º grupo inclui muito mais barcos pelo que o social foi mais intenso. A noite estava uma vez mais muito agradável e agora já temos a companhia da lua que está em Quarto Crescente e se apresenta como um C - no hemisfério sul a lua não é mentirosa como no hemisfério norte. Beijinhos

domingo, 16 de maio de 2010

Uma espécie de diário da Patroa - 05


RAIATEA – 10.05.2010 - Pela manhã cedo partimos à procura da Marina de Apoiiti em Raiatea onde nos tinham dito haver uma lavandaria. Já tínhamos alguma roupa acumulada a precisar ser lavada. Afinal a dita lavandaria tinha fechado, mas a senhora que estava na recepção da Marina ofereceu-se para a lavar em sua casa e trazê-la no dia seguinte. Claro que ganha dinheiro a prestar este serviço, mas a forma como o ofereceu foi de uma grande simpatia. Esta é uma nota dominante nestas ilhas: a simpatia do povo, o seu ar doce, sempre sorridente e que nos cumprimenta sempre que nos cruzamos. O resto do dia foi passado agarrados a uma poita do lado de fora da Marina. Há outros barcos do WARC  também por aqui, é uma zona bem abrigada e as águas são duma clareza e limpeza impressionantes. Até dentro da Marina.

RAIATEA – 12.05.2010 - Hoje choveu torrencialmente todo o santo dia. Tínhamos voltado de novo a Uturoa pois estava prevista a nossa participação na Tahiti Pearl Regatta que partia daqui, mas a desorganização e o mau tempo levaram o Rui a desistir.  Mas enquanto estivémos amarrados num pontão do cais de embarque, havia bastante gente a passear no cais a ver os barcos e algumas metiam conversa: a saber de onde éramos , o que fazíamos ali, etc. Entre todos destaco um grupo de 3 franceses com quem a conversa foi mais longa, pois tentámos que nos explicassem como se vive na Polinésia. Diziam que a situação económica é muito semelhante à da Grécia (!!!), com grandes desequilíbrios orçamentais e uma grande dívida externa e que temps muito difíceis se avizinham. Dos franceses residentes nas ilhas 2 em cada 3 são professores, pagos pelo Governo Francês. O resto e muitos locais são funcionários públicos, também pagos por França e pelo visto bem pagos. A isto há que acrescentar enormes subsídios e apoios diversos. Daí verem-se tantos 4X4 (novos) e os Supermercados estarem tão bem abastecidos. O nível de vida é muito elevado e o crédito concedido pelos Bancos faz o resto. Para além dos Serviços do Estado, pouco mais existe nas ilhas: alguns frutos – ananazes, mangas, toranjas, cocos (a fruta é toda excelente!) e o fabrico de sumos, a produção de cerveja própria, Hinano é a marca, a cultura de pérolas negras e alguma pesca. E há o Turismo que atravessa uma fase terrível. Tudo o resto é importado de França. Mas esta situação está a começar a mudar e já se começa a falar de alguma % da população no limiar da pobreza. Tal como no resto do mundo!! No princípio da tarde voltámos à baía do Taravana Yacht Club e no dia seguinte pela manhãzinha rumámos a Bora Bora onde chegámos pelas 13H00. 

BORA BORA – 14.05.2010 - Estamos amarrados a uma bóia do Bora Bora Yacht Club, onde o WARC montou o seu "escritório". Ontem ainda fomos de dinghy até aquilo que dizem ser a principal povoação - Vaitape - mas talvez por estar tudo fechado - o dia 13 de Maio é um feriado católico desta ilha, tendo sabido mais tarde que era o dia da Ascensão - a desilusão foi alguma. Tem um ar mais turístico mas também menos limpo e menos arrumado do que vi noutras ilhas. O Yacht Club sofreu os efeitos do ciclone Oli em Fevereiro e ainda não recuperou totalmente dos estragos sofridos. Por exemplo, o restaurante ainda não funciona pelo que o jantar foi a bordo. E depois vai-se cedo para a cama, como tem sido norma desde que aqui estou. Em contrapartida a alvorada é muito cedo!

BORA BORA – 15.05.2010 - O Yacht Club, entre outros serviços, tem um uma carrinha de caixa aberta que faz o transporte de ida e volta para Vaitape, a principal povoação da ilha. Assim, pela manhã lá fomos fazer uma exploração, agora com as lojas abertas. No centro da povoação há lojas de souvenirs - artesanato, pérolas e pareos - 3 bancos, 2 Supermercados, correios e até há Centros Comerciais. Por lá encontrámos os Kalliope, almoçámos juntos e depois regressámos ao Yacht Club pois havia uma animação social, pela tarde, organizada pelo WARC. O programa constava de uma corrida de dinghys (a remos) e ao fim da tarde um barbeque tendo cada barco de contribuir com uma salada. A corrida foi muito divertida, o Rui participou e ganhou (eu fiquei em terra a fazer a reportagem fotográfica!!). Depois da entrega dos prémios, o jantar foi servido numas plataformas situadas em cima de água e foi acompanhado por um conjunto que tocou e cantou toda a noite música tradicional da Polinésia. A noite esteve de sonho, não havia calor nem humidade em demasia e nem mosquitos, tendo-se passado um bocado muito agradável.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Dayli Log - Bora Bora 01

Bora Bora - ou melhor Pora Pora porque em tahitiano não existe a letra B -  está a NW do Tahiti e é conjuntamente com esta a ilha mais mediática da Polinésia. Descoberta pelo CAP. Cook em 1769 e ligada a França em 1888 deve a sua notoriedade aos comentários elogiosos do navegador francês Alain Gerbault e à instalação em 1942 de uma importante base naval americana com a construção do primeiro aeródromo da Polinésia. A reputação de Bora Bora induziu ao longo dos últimos anos a construção de inúmeros hotéis de luxo com instalações de "sonho". Pois é meus amigos isto é o que consta de qualquer guia turístico sobre Bora Bora mas aquilo que aqui encontramos hoje é um cenário de grande crise com os grandes Resorts desertos ou quase, os que estão abertos porque há inúmeros com as portas fechadas. A crise do turismo aqui por estes sítios é grave, muito grave mesmo, mas também me parece que ninguém se preocupa. Aliás por aqui ninguém se preocupa com nada, está tudo numa "boa", a vida corre suave sem crises, com o 4X4 à porta!! E nós? Bom ontem saímos de Uturoa e fomos fundear frente ao Taravan Yacht Club a Sul de Tahaa para passar a noite agarrados a uma bóia para meu sossego. E se o dia tinha sido chuvoso o início da noite foi um diluvio pegado como ainda não tinha visto desde que por aqui ando. Há uma depressão muito cavada lá para os 50º Sul e as consequências já se fazem sentir e as previsões não são lá grande coisa. Hoje amanheceu com o céu limpo e nós fizemos as cerca de 20 milhas que nos separavam de Bora Bora com com pouco vento e bom mar mas, novamente ao fim da tarde abriram-se as comportas do céu e aí veio água da grossa acompanhada a vento. Estamos fundeados frente ao Yacht Club de Bora Bora, que apoia o WCC nesta paragem, cedendo as suas instalações para apoio em terra - um cais para os dinghys, reabastecimento de água, um bar (tinham um bom restaurante mas foi destruído por um ciclone em Fevereiro passado) - e uma série de bóias para nos agarrarmos (mordomia que me deixa muito feliz pois utilizar o ferro começa a ser uma dor de cabeça) enfim quase tudo o que nós precisamos numa escala destas. Por aqui iremos ficar até partirmos para a próxima perna lá para 19 Maio. Beijinhos e abraços. Thor VI over and out.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Uma espécie de diário da Patroa - 04

TAHAA – 9.05.2010
No domingo acordámos com novos cantos religiosos cujos sons se propagavam pela baía.Ainda fomos a terra, mas nessa altura, a população estava toda dentro da igreja, assistindo à missa de domingo. E pouco mais havia ali para ver. Partimos para dar a volta à ilha e ainda fizémos uma tentativa de paragem numa zona bastante baixa junto ao Resort mais luxuoso da ilha, mas era demasiado baixo e como o vento soprava com alguma intensidade facilmente poderíamos ser levados para cima dos corais e encalhar. Assim continuámos a navegação e acabámos por encontrar um sítio maravilhoso de fundeio, uma baía em frente ao Tavarana Yacht Club. Este Yacht Club tem um conceito muito curioso: é um restaurante e para além disso presta um conjunto de serviços aos barcos que ali fundeiam, nomedamente boias para amarração (a noite que ali passámos foi grátis), entrega de pão nos barcos, internet, lavandaria, etc. O local é abrigado e encantador com uma bela vista sobre Bora Bora. À noite fomos jantar ao Restaurante com os Kalliope, um local muito agradável, requintado e com uma vista deslumbrante sobre a baía. Os aperitivos foram o Tavarana punch, uma especialidade da casa e da região, e a comida era francesa. Foi uma noite muito bem passada.

RAIATEA – 10.05.2010
Pela manhã cedo partimos à procura da Marina de Apoiti em Raiatea onde nos tinham dito haver uma lavandaria. Já tínhamos alguma roupa acumulada a precisar ser lavada. Afinal a dita lavandaria tinha fechado, mas a senhora que estava na recepção da Marina ofereceu-se para a lavar em sua casa e trazê-la no dia seguinte. Claro que ganha dinheiro a prestar este serviço, mas a forma como o ofereceu foi de uma grande simpatia. Esta é uma nota dominante nestas ilhas: a simpatia do povo, o seu ar doce, sempre soridente e que nos cumprimenta sempre que nos cruzamos. O resto do dia foi passado agarrados a uma bóia existente do lado de fora da Marina. Há outros barcos do WARC  também por aqui, é uma zona bem abrigada e as águas são duma clareza e limpeza impressionantes, até dentro da Marina. 

Dayli Log - Raiatea 02

Chegámos a Uturoa a 11 Maio no início da tarde, para confirmarmos a inscrição na regata e arranjar um lugar para o barco. Da inscrição nada porque os organizadores já se tinham ido embora, é verdade que chovia bastante mas ... venha cá amanhã que tratamos disso, foi o que me disseram. Quanto a lugar para o barco, ponha onde quiser e acabámos amarrados a um paredão. Durante a noite choveu intensamente e de manhã as previsões não eram as melhores, mas lá fomos tratar da inscrição. Uma bagunça generalizada e depois de mais de meia hora numa fila bastante flexível - dava para tudo, pareceu-me - acabei por desistir e não participar numa organização da "treta" e decidimos ir embora - vamos voltar ao Taravana yacht club  - logo que o tempo, leia-se chuva permita e amanhã seguimos para a ilha de Bora Bora. Cuidem-se. Beijinhos e abraços

terça-feira, 11 de maio de 2010

Dayli Log - Tahaa 01

Ia Orana (Bom dia) de Raiateai. Depois de 2 dias atracados em Uturoa largámos amarras e fomos explorar a ilha de Tahaa, está na mesma lagoa de Raiatea, tendo fundeado junto ao "passe" de Toahotu onde passámos o dia, dando oportunidade à minha tripulação de saborear as maravilhas da Polinésia Francesa. No fim da tarde e face aos aguaceiros que nos rodeavam recolhemos à baía de Haamene onde fundeámos na mais completa calma e tendo como sons de fundo cânticos religiosos (das igrejas vizinhas!!) e o latir dos cães. A noite acabou com um excelente jantar - uma barbacoa - no Kalliope. No Domingo bastante cedo e depois de uma visita rápida a Haamene - estava tudo fechado, excepto a igreja protestante onde decorria uma missa - largámos a bóia onde estávamos presos e seguimos para uma volta à ilha com algumas paragens e acabando por fundear ao fim da tarde no Taravana Yacht Club, um sítio muito engraçado que disponibiliza umas bóias para fundeio e tem um agradável restaurante integrado numa simpática infraestrutura. Mais uma vez os "Kalliopes" e os "Thor´s" se juntaram para jantar no fim de um excelente dia. Entretanto vim a saber que o Benfica foi campeão, o que até nem foi surpresa, mas confirmei que por estas paragens ninguém deu por isso, o que não abona muito a favor da sua cultura mas e, apesar de saberem quem é o Cristiano Ronaldo, nem desconfiam sobre um tal de Sócrates. Enfim mundos pequenos, penso eu de que. Segunda Feira, 10 de Maio, voltámos a Raiatea, para fundear frente à marina de Apoiti, onde fomos por roupa a lavar - pois, as necessidades básicas continuam a existir - e onde passaremos a noite prosseguindo amanhã de regresso a Uturoa para início da participação na Tahiti Pearl Regatta, que nos vai preencher toda a semana. Assim na 3ª Feira, abertura da Regata Village, na 4ª Feira regata de aquecimento na lagoa de Raiatea, na 5ª Feira 1ª regata Raiatea/Bora Bora com uma festa no fim do dia no Hilton Motu, na 6ª Feira 2ª regata Bora-Bora/Tahaa, com jantar no motu Serran, no Sabado 3ª regata à volta de Tahaa e no Domingo a 4ª regata na lagoa de Raiatea com a cerimónia de encerramento no Hawaiki Nui Hotel. Neste momento estão inscritos mais de 30 barcos sendo que, mais de metade de participantes do WARC.  Uma festa, espero eu. Entretanto, no fim desta semana e depois de acabarem as "corridas" o Eduardo Solano de Almeida vai ter de regressar a Lisboa, com muita pena minha, mas como outros valores mais altos se levantam na sua vida privada optou por reduzir a sua estadia no Thor. Espero e desejo que por bem! E pronto de Raiatea beijinhos e abraços. Thor VI over and out.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Uma espécie de diário da Patroa - 03

Durante a noite tivémos aquele precalço do barco ter garrado e ter descaído para cima dos corais, salvo in extremis (pareceu-me) pelo acordar providencial do Eduardo e, de manhã como o vento continuava com rajadas fortes e desconfortáveis, decidimos levantar ferro e ir descobrir novas paragens. Um dos nossos Livros de consulta, neste caso o Guide de Navigation de la Polinésie Française, sugeria, entre outros, um local de fundeio a Sul da ilha, com fundos de areia e abrigado dos ventos. Fundeámos aqui, já em Huahine Iti mesmo na ponta Sul da ilha, em frente  ao Hotel Mahana. O local é muito sereno e muito bonito com uma praia de areia branca, o hotel com esplanada e restaurante (pareceu-me estar quase vazio), um outro restaurante ao lado e uma dúzia de casas à beira-mar com ar de algum abandono (ou pobreza). A floresta tropical, o verde das árvores enormes à procura do sol, as baneiras, os coqueiros e as flores pujantes impõem-se nesta paisagem. E também o mar límpido, com a barreira de corais ali ao lado e as ondas aí a rebentarem. Durante o dia fizémos uma exploração a pé pelas redondezas e descobrimos uma família, pais, filhos e netos, que se dedica à pintura usando a terra como tinta. Viver neste isolamento e com toda esta beleza à volta foi a sua opção de vida! Beijinhos

Dayli Log - Raiatea 01

Se forem a este site http://blog.mailasail.com/thorvi verificam que mudamos novamente de posição. Ontem, depois de uma noite descansada na baía d´Avea na ilha de Huahine, resolvemos mudar de ares e rumar a Raiatea, ilha situada a 20 milhas a NW e onde vai ter início a Tahiti Pearl Regatta no próximo dia 12 Maio. Entrámos no "passe" Teavapiti pelas 15:30 e viemos atracar num pontão no centro de Uturoa. Um local interessante porque fica próximo de tudo - podemos trazer os carrinhos do supermercado até ao barco - apesar de ser bastante barulhento e mexido. Hoje, Sexta Feira 07Maio o dia amanheceu bastante chuvoso e o nosso programa imediato depende um pouco da evolução meteorológica mas, em princípio iremos iniciar uma volta a estas duas ilhas que estão na mesma lagoa - Raiatea e Tahaa - explorando alguns excelentes locais de fundeio e regressaremos aqui lá para dia 10 quando começam as sociais da regata, com a abertura da "racing village". De Raiatea beijinhos e abraços.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Dayli Log - Huahine 01

Como já devem ter percebido agora tenho a vida facilitada até aqui no blog, a Sra. Armadora encarrega-se de actualizar as noticias. Espero que gostem. Quem não gostou da influência do vento forte foi o Thor que aguentou tudo durante todo o dia mas cerca das 02:30 da manhã de Quarta Feira o Eduardo Solano acordou com o barulho provocado pelo ferro, foi verificar e o Thor tinha garrado e já estava perigosamente próximo do recife e da ondulação. Rapidamente se levantou  ferro- praticamente à mão porque o guincho do ferro está cada vez pior e a situação não dava para esperar - regressámos a local seguro, voltámos a por o ferro em baixo ligámos os alarmes de fundeio (agora, porque antes não estavam!) e fomos dormir o resto da noite mas ... digo-vos que foi um susto dos grandes. Não entendo como foi possível pois tinha de corrente cerca de 5 (cinco) vezes o fundo, o barco esteve ali cerca de 20 horas, aqui não há marés portanto não entendo porque raio o barco garrou, mas lá que aconteceu, aconteceu (!) mas tudo está bem quando acaba bem e, desta vez acabou bem. Cuidem-se, que eu também.

Uma espécie de diário da Patroa - 02

A marina onde estávamos era exactamente no centro da cidade, logo com grande facilidade de acesso a tudo, mas em contrapartida muito barulhenta, com um trânsito muito intenso durante todo o dia a passar  ali mesmo ao lado. Assim destinámos este dia para fazer as compras e os abastecimentos para partirmos para outros destinos. De manhã fomos ao mercado, uma beleza de cor e exotismo. A oferta de frutas e legumes era enorme e com variedades completamente novas para nós. De tarde fomos ao supermercado (Champion) também com um excelente stock em termos de variedade e de qualidade, parecendo que estávamos em França, até nos preços. E nos intervalos deu para conhecer um pouco melhor a cidade e beber os excelentes sumos de ananás que há por todo o lado. À noite, depois do jantar, fomos com os Kalliope (Pepa, Emílio e Pepe) a um local muito curioso. Num largo da cidade junto ao mar, no princípio de cada noite, montam-se umas roulottes, mesas e cadeiras e ali serve-se de tudo, com excepção de bebidas alcoólicas. Perto das 23H00 é tudo retirado e no dia seguinte o largo está limpo para ser de novo usado pelos transeuntes. Um local precioso! Mas estava na altura de nos mudarmos. Depois de voltarmos ao Mercado para as últimas compras, que incluiram um belo lombo de atum vermelho, soltámos os cabos e saimos do “Quai des Yacht” para a Marina de Taina a 3 milhas de distância mas ainda dentro da lagoa de Tahiti. Esta marina fica dentro do recife e, portanto, tinha umas águas claras, pouco profundas, de um verde intenso e cheia de peixes. Amarrámos o Thor a uma bóia e com uma profundidade de 14 metros conseguia ver-se o fundo. A temperatura da água do mar era de 31,8º!!!! Um verdadeiro paraíso. O jantar foi o atum e os Kalliope juntaram-se a nós, no Thor, tendo-se passado uma noite muito agradável. No dia seguinte e depois do reabastecimento de combustível e de água e de uma volta de reconhecimento pela Marina - há sempre pequenas coisas a melhorar no Thor e agora foram umas ventoinhas que fazem circular o ar, o que com o calor que se faz sentir é uma boa ideia  - e uma nova ida ao supermercado, partimos para Moorea, a ilha mais próxima do Tahiti. O destino era Cook’s Bay, uma grande baía que tinha servido de abrigo a Thomas Cook nas suas viagens por estas paragens e que tem um enquadramento verdadeiramente impressionante, com altas montanhas cobertas de floresta tropical caindo quase a pique até ao mar. E o mar, ou antes a lagoa pois está quase fechada por corais com excepção de uma pequena passagem que se atravessa com muito cuidado, era de uma quietude imaculada. Ficámos fundeados a 20 metros de um Resort turístico que tinha um excelente restaurante - eles lá encontram estes sítios bem adequados - e aí passámos a noite. Com toda esta quietude e um grande dia de calor, a temperatura da água do mar passou para perto dos 33º. Esta é uma ilha muito turística, com bastantes resorts de luxo e é afamada pelos seus ananases e o sumo do dito. Experimentámos e podemos atestar que o sumo de ananás expremido era divino. A meio a tarde, nós, o Kalliope e o Eowyn, decidimos experimentar novas paragens e levantámos ferro em direcção a Huahine a cerca de 80 milhas a Noroeste. A viagem durou cerca de 15 horas e pelas 7H00 chegámos a uma nova ilha da Polinésia Francesa, Huahine.  O mar esteve sempre um pouco agitado, pelo menos de acordo com o meu critério, mas a temperatura foi sempre muito agradável durante toda a noite. Huahine está completamente rodeada de um grande recife de corais com apenas algumas passagens para terra e estamos fundeados em mais um local maravilhoso junto à principal localidade, Fare. Depois de algum descanso por parte dos marinheiros que vieram vigilantes no poço durante toda a viagem, fomos a terra. Esta é uma ilha com poucos habitantes, pouco turística e, portanto, mais natural. Tem meia dúzia de casas, um excelente supermercado, um ATM que não aceitou nenhum dos nossos cartões e alguns restaurantes num dos quais acabámos por almoçar razoavelmente bem. Voltámos ao Thor onde passámos a tarde com algum balanço pois levantou-se um vento  bastante forte e pouco agradável. O Thor estava bastante irrequieto. Beijinhos.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Uma espécie de diário da Patroa - 01

A nova tripulação chegou, mas vinha num estado miserável. Chamar a isto uma tripulação de luxo (?) ora valha-nos Deus. A viagem tinha sido muito longa com mais de 22 horas de voo a que há que somar mais de 11horas de aeroportos, tendo sido salpicada por alguns sustos, contratempos, formalidades e burocracias imensas. Eu e o Eduardo tínhamos combinado o encontro às 8H00 no aeroporto em Lisboa para o voo das 10: 00 para Londres, mas uma inesperada greve dos transportes quase impediu o Eduardo de chegar a tempo ao check-in. Já estávamos a preparar um plano B quando no último minuto o Eduardo apareceu e lá partimos para a nossa aventura. Em Londres começararm as burocracias, afinal precisávamos de um documento formal do Comandante do Thor VI a confirmar que eramos seus tripulantes. Felizmente o telefone satélite funcionou, o Rui acordou às 3H00 da manhã e enviou um e-mail para os escritórios da Air New Zealand com os detalhes pretendidos e pronto. Depois faltava um Visto de entrada nos USA no passaporte do Eduardo que também foi preciso desencantar já que eu tinha um Visto da NATO que, diziam, ser perfeito para o efeito. Nós iamos voar até Papeete no Tahiti via Los Angeles e, portanto, nos USA só estaríamos em trânsito, mas mesmo assim era preciso satisfazer uma série de requesitos. Mas, e há sempre um mas nestas coisas, em  Los Angeles tivémos que passar pela emigração e ali o meu Visto, afinal já não era bom pelo que foram necesários mais uns papeis. Um verdadeiro inferno e uma permanente incerteza se tínhamos tudo em ordem para podermos continuar viagem. Como se isto não bastasse, em Los Angeles tivemos que levantar a bagagem, voltar a fazer o check-in, esperar em longas filas e depois aguardar o voo numa sala de embarque minúscula onde não havia cadeiras para todos e nem o espaço era suficiente para nos sentarmos no chão e nós ainda nos queixamos das condições do Aeroporto da Portela!!. Nesta altura já quase dormíamos em pé e ainda faltavam mais umas 9 horas de voo. Mas finalmente lá chegámos ao Tahiti às 06H00 locais e depois de umas rápidas 2 horas de sono a bordo do Thor estávamos prontos para dar início ao programa social do WARC que incluía um encontro dos skippers com as forças vivas de Papeete, informações turísticas diversas e um jantar oferecido na Mairie. O jet lag já se fazia sentir agravado pelo muito calor e humidade, pelo que fomos todos muito cedo para a cama, finalmente. O dia seguinte amanheceu bem cedo pois o programa incluía um Tour à volta da ilha, com saída às 9H00 e regresso previsto paras as 17H00. Deu para ver as coisas mais importantes da ilha Tahiti Nui (Taiti Grande), a floresta tropical com a sua flora magnífica, de que o Eduardo nos ía dizendo o nome das árvores - o Rui bem dizia que este tripulante era de luxo!!! - as quedas de água e o mar tranquilo e transparente, azul e verde consoante as profundidades, ali sempre ao pé. Almoço no restaurante do museu Gauguin e algumas paragens que a Guia, uma Tahitiana bem disposta que era ao mesmo tempo a condutora do autocarro, entendia poderem ser do nosso interesse e que até incluíu uma paragem num supermercado. Um dia bem passado que deu para conhecer um pouco melhor esta parcela da Polinésia Francesa, mas com grande esforço nosso pois as diferenças horárias ainda se faziam sentir e quando menos esperávamos estávamos a cabecear. Mas as coisas começavam a normalizar-se e o prazer de voltar a pertencer a este grupo dá-nos energia. Mais novidades nos próximos dias. Beijinhos 

sábado, 1 de maio de 2010

Dayli Log - Tahiti 03

E pronto eles já cá estão! Os novos tripulantes do Thor VI chegaram a horas maçados e amassados mas vivos e contentes, não tanto quanto eu naturalmente, depois de uma viagem alucinante e cheia de "coisas", mas a Sra. Armadora há-de dizer de sua justiça, logo que recupere. Entretanto o Thor tem as revisões concluídas, sem nenhuma surpresa, mesmo o material que foi substituído estava em muito bom estado, sinal que está tudo a funcionar regularmente e sem esforço, tendo também chegado de Lisboa a peça necessária para repor a sanita da cabine da frente a funcionar em pleno. Enfim está tudo como novo e pronto para continuar. E a continuação passa por sair de Papeete amanhã Sábado (01Maio) para fundear junto Taina, passar aí um dia ou dois e depois seguir para Morea onde devemos fundear mais uns dias e seguir para Raiatea, Taha´a e Bora-Bora de forma a estarmos em Raiatea a 12 Maio para inicio da Tahiti Pearl Regata (para os mais interessados www.tahitipearlregatta.org.pf ). A frota esteve aqui reunida quase integralmente tendo havido algumas baixas - o Thetis está em Raiatea e desistiu, o Dreamcatcher ainda está em Nuko Hiva esperando um técnico da Halberg Rassy, o 1+1 também desistiu e vai ficar por aqui, enfim, o atrito natural de uma aventura destas. Alterações, também nas tripulações, no Kalliope o Eduardo e o Roger voltaram a Espanha, no Grand Filou 2 o Cali (skipper) voltou para Espanha para integrar uma tripulação para o Barcelona World Racce 2010-2011, volta ao mundo sem escala num Open 60 IMOCA com dois tripulantes (www.barcelonaworldrace.com) e mais uma série de caras novas. Também eu acabei de ter a agradável confirmação de que o João Sá da Bandeira me irá fazer companhia na tirada Bali/África do Sul. Como vêm as coisa estão a compor-se e mais nomes se perfilam para as tiradas seguintes mas na altura própria serão confirmados. Eu não disse que o Thor ia passar a ter tripulações de luxo? Pois aí está, para grande satisfação minha. E pronto de Papeete por agora é tudo. Cuidem-se. Beijinhos e abraços.